A Garganta da Serpente

Luís Carlos Costa

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Flores

Caminhava alheia, olhar decidido,
E as flores do campo lhe fizeram as vestes,
Ela nem notou.

Mudou a estação
Ela reta, a caminhar no infinito,
E as flores lhe caíram no vestido
E lhe amadureceram os sentimentos.

O calor se foi junto com as flores
Despida, desnuda estação,
Seguiu seu caminho, só,
Na espera da estação que nunca chegava.

Os ventos novos lhe retiraram os cabelos da face,
Olhos abertos, provou frutos, sentiu arrepios,
Observou os arredores, parou,
Decidiu que construiria sua própria estação...

(07/2006)


(Luís Carlos Costa)


voltar última atualização: 25/10/2006
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