A Garganta da Serpente

Lugo de Paula

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LACRIMEJO

Nego mais uma vez a saudade,
Morada constante do meu ser.
Nesse lacrimejo que mim encontro,
É agonizante a vida de sofrer.

Venho aqui falando de paixão,
Sinais adormecidos pelo desengano,
Demora-se mais que a despedida,
Nem a ida refuta meus planos.

É preciso acreditar meu bem,
Palavra me dói mais que a dor.
O tempo passa e nessa corrida,
Ainda é cedo para morrer de amor.

Se meu pranto invade suas horas,
Comove o seu sorriso presunçoso,
Vou ficar por aqui te esperando,
Quem sabe você voltará de novo!


(Lugo de Paula)


voltar última atualização: 24/04/2008
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