A Garganta da Serpente

Ludmila Barbosa

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SERENATA

É serenata, meu amor.
Porque o tempo canta tudo
Cada ventania e cada sonho desejado
Cada rabisco pintado no muro.

E se há pivetes nessa madrugada
Sou eu a me acriançar em tua janela
Com esse meu fôlego horrível para segurar uma nota
Mas a melodia do violão que é tão bela.

Ah, meu amor, se toda essa hora foi descaso.
Digo que perda de tempo foi nossa distância
Foram meus dedos que de tanto dedilhar ficaram calejados
Por treinar uma canção para ficar na tua lembrança.

E se me diz que é papel de homem
serenatear para as donzelas
Eu digo: meu bem, os tempos são outros.
Porque sou mulher cantando o amor
Bem aqui na tua janela.


(Ludmila Barbosa)


voltar última atualização: 25/02/2010
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