Carne viva
Percorro-te as costas
e não encontro asas.
Mas, minhas mãos,
noturnas,
esbarram na espada
flamejante e rara
que trazes contigo
e, destemido, cravas
em minha carne viva.
Então...
Sou eu quem voa
o corpo soerguido,
num planar ardente
Sobre os teus sentidos.
(Ludmila S.)
|