A Garganta da Serpente

Lúcia Schinzari

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SOMENTE HOJE

Hoje eu amaria você,
sem pensar, sem pecar, sem falar nem calar,
Eu amaria você
A cada minuto, cada segundo do dia,
sem nada dizer, sem temer, sem onde nem porque,
Eu amaria você
No silêncio da noite, nos ruídos do dia,
na minha agonia,
na dor do desejo,
no mel dos seus beijos, ah,
Eu amaria você
Nos lençóis dos amantes
no meu medo constante,
loucamente, docemente, conseqüentemente, como
o amor deve ser,
Eu amaria você
Sem cobrar, sem calar, sem falar,
Apenas me entregar ao seu amor,
seu calor, aos beijos seus, que me levariam
do inferno ao céu, num minuto infinito,
num intenso grito do gozo seu,
Hoje eu amaria você
Sem parar até me fartar em seu amor,
sem ver as horas passar, e
me entregar mais e mais,
sem olhar pra traz,
sem lembrar nem pensar,
Hoje eu amaria você
furtivamente, sem me sentir indecente,
decadente, imprudente, mas,
com todo desejo latente,
sem pensar no depois,
Hoje eu amaria você
e, quando os primeiros raio de sol chegar,
e, a realidade nos tocar, sairia sem te olhar, e,
te diria, que foi apenas um engano,
Pois, já não quero mais te amar,
Mas hoje, somente hoje,
Eu amaria você.


(Lúcia Schinzari)


voltar última atualização: 18/03/2005
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