A Garganta da Serpente

Luciah López

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SORVETE COM CALDA DE WHISKY

As horas morrem nos ponteiros do relógio
Enquanto Esopo cria fábulas
As uvas ainda estão verdes
E os carneiros saltam sobre as cercas...
Os ponteiros dançam ao som de Straus
E você, deixa os pés de molho em água fria...
São tantos ocasos e lunações
Que as marés já sentem enjoos.
E a chuva não vem mais,
Pegou carona no vento sul...
Talvez eu ouça Prince mais tarde
E tome sorvete com calda de whisky
Talvez o tempo acenda as luzes da ribalta
E tudo volte a fazer sentido
Como numa tabela de cores
Ainda assim, eu vou ficar aqui mais um pouco
Porque a mediada que a sombra caminha
Eu arrasto o meu banquinho - rsrs
E o arco que sustenta o céu faz sombra nos meus olhos
E eu posso contar as marés...


(Luciah López)


voltar última atualização: 30/12/2009
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