A Garganta da Serpente
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CREPÚSCULO

De ver o pôr do sol
Meu olhar de brilho
Se encheu!
Não sei se de dourado
Ou da prata do luar.
E o nascer do sol,
Lembrou-se alguém de ver?
Por certo, muito
Me deliciei
Na beleza da visão
Que separa a luz
Da escuridão!
Do nascer brota a vida
Que é luta remida,
Força de prosseguir.
Todos o saúdam
Ao nascer.
Sangue que corre na veia,
Luz que na vida clareia.
Ao final, se derrete,
Se esparrama,
Entre serras e nuvens,
Entre dores e amores,
Que nem sempre
É o fim de tudo...
O descanso do dia
No decurso da vida,
Do cansaço do corpo,
Para o repouso
Em águas tranqüilas,
Uma brisa leve e mansa,
Que deixa a sensação
De frescor, cheiro de lavanda,
Aroma de flor,
Traz a certeza da estrada
Que leva ao ocaso,
Ora, ascende...
Novo ciclo,
Nova forma,
Como o sol nasce
E se põe
Dia após dia.


(Lúcia Crisóstomo)


voltar última atualização: 19/05/2017
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