Encontro com a Solidão
Por quanto te busquei, em quantas linhas...
E afinal o encontro, companheira querida!
De um dizer que as tão sofridas, esquecidas
mágoas tuas foram exatas dores minhas.
Faz sentar-nos lado a lado, minha amiga
entre essas tantas cadeiras, as sempre vazias.
Vem cantar de um mesmo conto, nossa alegria,
desse mesmo desencanto, que é a nossa vida.
(Mas já são tantos os que nos rondam,
nesse salão?
Tantos são os que nos olham, num vem e vão?
... bem sabemos como erram embriagados...)
Vigilantes de viés, alucinados!
A nos cobrar um doido brinde, dão seus avisos!
Não suportam nos rever..., só em sorrisos.
(Lucas Tenório)
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