A Garganta da Serpente

Lucas Neco

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Sem Título

Foges da minha mão
Como a brisa da manhã fria
Que percorre verdes vales
Carrega o perfume das rosas
Que embriagam as abelhas

Quando longes de mim fica,
Fere meu sentimento puro,
Que por mais que eu não queria ter
Eu sinto por ti.

O sabor da tua boca ainda me nostalgia,
Tão quente,
Diante da garoa fria
Daquele inicio de tarde.

Meu pensamento é inteiramente em ti
E até perturbado às vezes.
Ah, como meu coração não sabe o que sente...
Ele estremece diante de ti,
E sua timidez apaixonante
Me cativa cada vez mais...
Declaro-me rapidamente
E percebo que o que sentes é igual...

O mar esteve agitado por dias,
Dias de dor e angústia,
Solidão que isolava minha alma num canto escuro do quarto,
Ela dormia em sono profundo,
E tu acordaste
O mar acalmou-se com toque dos teus lábios aos meus.
Até minha alma que era Insana e Apaixonada
Deitou-se na paz do movimento das ondas.

Tua voz corre como música aos meus ouvidos,
E teu carinho tímido
Desperta o desejo de estar ao teu lado sempre
Teu olhar cabisbaixo me alegra
E faz nascer o sol nas manhãs nubladas.
Ah, como meu corpo pede o teu inúmeras vezes.
E como tão distante estás.

Meu sangue percorre as veias da minha face,
Fazendo as maças pálidas,
Se avermelharem
E digo para ti:
"Isso nunca aconteceu comigo"
E tu me respondes:
"Isso nunca aconteceu comigo"

Ah, como é bobo meu coração apaixonado
Com teu sorriso brota-me um sorriso
O teu olhar tímido,
Atrai o meu olhar, fascinado
Com tuas lágrimas
Brota-me lágrimas em meus olhos,
E ao mesmo tempo
Um ódio insano de ferir quem te fez chorar.

Ah, como são bobos os corações apaixonados,
Com apenas um sorriso,
Abre o sol em um dia nublado
E se em algum momento
Por descuido
Os olhares não se encontram
Perde-se o resto do dia,
Que só é possível recuperar
Com o sabor do beijo amado!


(Lucas Neco)


voltar última atualização: 17/10/2008
3294 visitas desde 17/10/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente