Como escritor que sou,
cheio de erros
e adversidades,
desejo e falsidade,
espero que no Céu de Palavras
não seja condenado
por ser alienado,
pelas frases que escrevo
pelo sentido que perco,
e pela solidão idiota
que aflita bate na porta.
Mas...
Espero redenção plena
talvez o amor valha a pena.
Escrevê-lho eu não sei
nem falar, se falhei;
minto em si consciência,
engano em sã sapiência,
sim, escrevo,
mas não acho que devo.
Sou um mero escritor.
Condenado
Um ser mal escrito.
Aflito
por palavras
apaixonado.
E banido
por este amor proibido.
(Lucas Matos)
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