A Garganta da Serpente

Lourival Silveira

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SOL DOMINGUEIRO

O dia nasceu
E com ele o mundo cresceu
Em sorrisos que parecem criança
Em disputa da alegria que correndo feliz
Ninguém mais alcança.
O sol domingueiro, faceiro e matreiro,
Enfia-se quieto lá dentro de casa
Não pede licença e pretende ficar...
As flores, coitadas, é só nascer e morrer
Sem tempo nenhum pra ficar e viver.
E o domingo manhoso que é muito teimoso,
Dos beijos e abraços de seus namorados
Que entram na vida pra nunca ficar,
Vestem-se de roupa bonita e faceira.
Da tarde que morre, da noite que chega,
Do desalento final que vem nos meus braços,
De flores matreira a preguiça
Que nasce com jeito de segunda-feira...

(18/06/2002)


(Lourival Silveira)


voltar última atualização: 08/03/2005
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