A Garganta da Serpente

Lourdes Limeira

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Uma nova Canção do exílio

O meu bairro tem cajueiros
Onde cantam os passarinhos
As aves que aí gorjeiam
Sabem muito mais de mim.

Na solidão da noite
Ao luar, eu muito lânguida
Vivo à espera noctívaga
De uma vaga mudança.

O meu bairro tem cajueiros
Onde gangues marcam suas vítimas
São tantas as lágrimas
O nosso pranto é sem fim.

Do pesar cá no meu peito
Essa é a tônica afim
Não permita Deus que eles morram
Sem encontrarem Seu caminho, Pai!

Como há tanta crueldade
Prefiro caminhar por Sua estrada
Nesta terra, há atrocidade
Pois bem? Que até Ele duvida.

O meu bairro tem cajueiros...! Uuuuuui!
Viver não tem mais razão de ser
Tudo está tão esquisito
Não adianta viver.

Deus permita, volte a sonhada paz!
E não soframos jamais
Os malandros estão às soltas
Eu e meus vizinhos presos nas nossas casas.

Essas aves são símbolos de nova esperança
A paz vigore os nossos corações _
Nos lares de cada morador do Bessa! _
Arremato. Os seus Ninhos de amor tragam-nos nossa infância perdida!
Visse?Na Praça do Caju, as famílias sejam felizes
Troquem todas as figurinhas
De paz e felicidade
Empunhem a bandeira da humildade.

O meu bairro tem primores
Cada dia muito melhor
Que meus netos não sofram nenhuma dor
Nem tão pouco tenham dissabores.

Pois o Bessa é demais
É o point do futuro
Muito próspero...
Que fique na santa paz.


(Lourdes Limeira)


voltar última atualização: 09/11/2010
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