Poema Dois
Para os sonhos, flutuar os pés
descobrindo a inércia azulada
que compõe as linhas noturnas
Para os amores, simplesmente
dormir em ninhos estelares,
imprimir letras que permitam a entrega
Amar, como uma saudação ao sol
amar, com quem nunca o fez antes
Tocar o rosto, abrir as mãos
espreguiçando os dedos,
desfazendo-se do muros altos,
sorrindo alto, mostrando a verdadeira aparência
Soltar-se, dançar, cantar baixo
Para os olhos, abrir entranhas
Prender-se nas nuvens
E render-se ao pintar paredes
Ao acordar, desejar ter asas.
(Lorena)
|