outdoor
eu olho a boca de beijo
que sorte daquela moça
a que detém tua boca
e sabe dos teus segredos
aqueles que só revelas
bem debaixo das cobertas
entre suas coxas
eu olho os olhos negros
que sorte daquela dona
a que te olha nos olhos
e sabe dos teus anseios
aqueles que depositas
nas madrugadas de inverno
entre seus seios
eu olho o teu retrato
que sorte daquela zinha
a que me mata de inveja
pelos apelos do corpo
por tua alma que é dela
não minha
(Líria Porto)
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