A ti, Flávio...
Depois de voltas ao pensamento, imergi minha alma no papel;
Procurei, sem cessar, as palavras submissas e caladas
Mas como por feitiço, estas pareciam evadir-se, apavoradas,
Esgueirando-se por ruas estreitas, como que fugindo de algo cruel...
Com toda a amargurada alma e o cortês coração me tentei
esmerar,
Tentando realçar a desígnio do acto! Se o resultado não
se tornou distinto,
Profundamente lamento não ser apta de expressar tudo o que sinto,
Mesmo sendo tão desmedido o significado da palavra amar...
Fica, ainda, sempre muito por dizer, por sentir e por mostrar
Quando com tuas rebeldes palavras, tocas minha alma desnudada,
Sempre pensativa e aluada, perdida e achada numa encruzilhada...
Afagando, à distância, meu corpo invisível deixas sempre
a desejar
Tua forte presença, no intuito de, sem mais perda de tempo, dilapidar
A dor de enfrentar sem ti um futuro incerto e uma álgida madrugada...
(14-02-03)
(Liana)
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