A soberba necrópole
A soberba necrópole
Desfila seus entediantes cadáveres
Maquiados pela ilusão
A necrofilia desvairada perdura
No ludibriante tempo
Pobres neófitos
Carcomidos pelo desejo
O Deus tanatólogo
Sedento pelo espetáculo
Providencia-lhes a encenação
Seu deleite será eterno?
Ele decompõe os renegados
Censura e condena ao exílio
Sou o espectador de mim mesmo
Negando a luz do tempo.
(Leonardo Minduri)
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