Ela e a Noite
Estrelas caem, educadamente,
Em derredor donde quer que ela passe,
A luz, sob os seus pés, se faz fugace
E se dissipa em sombra, de repente...
Nuvens escuras, delicadamente,
Encobrem seus quadris, ombros e a face,
Como se a Noite mesma lhe emprestasse
A sua qualidade mais latente...
Ninguém percebe mais sua presença...
Ninguém escuta mais quando ela grita...
Somente os astros sabem o que pensa...
E a lua, em sua ambígua educação,
Pra diverti-la é por ali que orbita,
A lua nova do seu coração...
(Lenin Bicudo Bárbara)
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