A Garganta da Serpente

Lenin Bicudo Bárbara

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Soneto de um dia de chuva

Precipita-se uma gota, outra após,
Logo outras mais, e muitas em seguida.
Desaba a chuva sobre todos nós,
Na rua da esperança adormecida...

Desaba aos cântaros, rude e veloz,
E segue do vento a aberta ferida.
Dança, mas é uma dança retorcida,
Estranha dança que se dança aos nós;

E os coitados que nela vão se achando
Repetem essa mesma estranha dança
À medida que saem para rua.

É que tudo o que têm se está encharcando -
Roupas, móveis e casas; e a esperança
Que dorme enquanto a chuva continua!


(Lenin Bicudo Bárbara)


voltar última atualização: 21/10/2006
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