PENSONAGEM
Penso que existo e disexisto. Inexisto.
Isso acontece de repente.
Sinto-me como uma personagem criada e descriada.
Escrita e apagada.
Quando será que vou poder escrever minha história/
Quando poderei usar a borracha?
Será que suo e não sei? Deve ser...
A gente vive pros outros enquanto eles nos mantém vivos.
São nosso ar, nosso alimento.
Escrevem nossa história como querem.
E nos matam, sem qualquer hesitação,
Como deixar de uma coisa banal.
Somos o alimento delas também.
Quando eles enjoam, enchem-se ou precisam de outros nutrientes...
Param de se alimentar de nós. Nos abandonam...
Nos matam.
É isso...questão de necessidade.
(Caldas Novas - 25/10/2005)
(Leiliane Valadares)
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