Omnibus
Sharp
Panasonic
Deus
Passeio na cidade desproibida
Suada
vazia
de sentido
O ônibus vai
e a minha retina retém
todos os letreiros
os números, as formas disformes
os paradoxos
os meus ouvidos captam
o silêncio do homem triste
que olha sem olhar
a cidade sem sentido
Há quem sorri
um riso educado
desconfortável
Há olhos que se olham
Susto
Sinal desrespeitado
(Talvez chova, faz tanto calor!)
Ponto final
(Leila Silva)
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