A Garganta da Serpente

Leafar Vhesca De La Farrier

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Erros (vermelhas, azuis!)

Vemos o mundo girando
e nada, nada podemos fazer.
(eu! Você!)
Gritamos o máximo que podemos,
é difícil, é necessário
e cometemos os mesmos erros outra vez.
Temos motivos, não temos escolhas
o mesmo erro vamos cometer.
(Vou cometer! De novo! De novo!
Perdão, meus sombrios reis.)

Abrimos a porta, queremos sair
tudo ainda gira
(as vermelhas, as azuis)
e as estrelas estão caindo
sutilmente sobre nossas cabeças
(há dor, mas estamos juntos).
Mais uma vez erramos
(eu! Você!)
e agora estão comentando, eu sei
e não há mais vermelhas...
(por quê?)
e não há mais azuis...
(há tanto a usar.)

Eu mais uma vez errei.

As pessoas falam o que querem,
mas ninguém percebe o quanto gosta de sofrer
ninguém... Está tudo bem.
(eu! Você!)
Até o fim dos tempos iremos perecer
e nos sentiremos satisfeitos,
como amantes que não pensam
que de volta à Rua dos Tormentos
querem apenas mais um beijo.
E é tão bom! Nós podemos.

Tentamos esquecer o que fazemos
querendo sempre ser perdoados
(somos todos assim),
pois aos poucos a humanidade,
sente aflição ao que é real,
que somos um pouco de desprezo e solidão
(eu! Você!)
decidindo, muitas vezes, nossas feridas mostrar
rasgando a pele docemente.
- Você não me ignorará!
(É o que desejamos intensamente.)

... Criança, me leve,
eu quero esquecer...
Eu quero esquecer?


(Leafar Vhesca De La Farrier)


voltar última atualização: 10/07/2009
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