Noite
Nada sei de ventos
ou poços,
o suspiro da noite me basta.
Percorro o caminho à procura
de um olhar
vejo um imenso vazio
ouço
a mansidão
o silêncio
em muros, vitrines e asfalto.
E
uma voz me diz
é um assalto,
não roubo de qualquer coisa
grana, grama, cama..
mas
sonhos e utopias
desejos, lamentos e sinfonias.
Paro.Volto.
O poço seca
o vento diz adeus
a noite termina.
(LCambara)
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