Não mais luto
Não mais nojo
Que se extingam no vento as tuas cinzas
e os gusanos desfrutem do teu ventre
(já é tempo de celebrar a despedida)
Que se prepare o féretro e a festa
os vinhos mais preciosos
a mais soberba carne
Que o mais feroz dos sorrisos
se transforme em suave gargalhada.
E que todos riam,
Bebam e bailem
(e se embebedem com o gozo da tua ausência)
Porque assim não os teus silenciosos funerais.
Não mais luto
Não mais nojo
Já estás morta.
(Poemas do livro "menos que o silencio")
(Laura C. Skerk)
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