A Garganta da Serpente

Lara Cardoso

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Sou sua noite

Sou a noite
que cai soturna,
enegrecendo seu céu...
trazendo as carícias
para afaga-lo em mim,
tortura-lo com malicia
e, aos poucos, descortinar o véu
e devora-lo em penumbra,
sem pensar no fim;

Como estrelas faiscantes,
meus olhos ficarão abertos
vigiando o seu prazer
e, no entardecer
de uma noite delirante,
o seu corpo tão mais perto,
será cena pra nunca mais esquecer!

E, finalmente,
enquanto noite serena
meus braços
apertarem-no em um abraço,
fazendo nossos corpos serem apenas um,
brindaremos o anoitecer
faremos a noite, de amor plena
e, por motivo nenhum,
deixarei amanhecer...


(Lara Cardoso)


voltar última atualização: 31/03/2009
10643 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente