A Garganta da Serpente

Lara Cardoso

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Metade Mulher

Invado o teu espaço premente
das sombras escuras, a agrura
sou só um ser doente
silente e sem cura

do tempo de outrora
onde carrego um resto de vida
transporto a dor de dentro pra fora
e não encontro a saída

A areia que mede o tempo,
a fragilidade do vidro
não faz meu compasso mais lento,
nem refaz o caminho perdido

Entranho-me em tua luz assim
na ânsia de um abrigo perene;
mas a vida toda tênue
faz do meu pranto, apenas folhetim...


(Lara Cardoso)


voltar última atualização: 31/03/2009
10640 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente