Poema prosa
Em busca, definiu-se
Como pessoa sempre a procurar
E eu pensei nessa tua angustiante sina
Na insatisfação freqüente do teu corpo
E na sede insaciável e dolorosa do teu espírito.
Sem dó, meio jubilosa chego a me alegrar por isso.
Feriu-me com forças infindas, e teu silencio malicioso
E num tanto menor sem saber
Continuou a me ferir,
Pois eu não sabia, agora sei.
(O conhecimento é um poder perigoso que nunca nego)
E se meu cinismo me permite ainda dizer
Quando os dias se passarem e nossos corpos forem pó,
Que teu espírito realmente farto de tanta procura
Se encontre com o meu gozando de satisfação
Sem reconhecer-te.
(Ok... o tema é totalmente mesquinho, eu vi que um conhecido
meu disse que "procurar" era uma de suas atividades e pensei nisso)
(Lara)
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