Canção Outonal
(Inspirado em "Canção de Outono" de Paul Verlaine)
O pranto cadenciado dos violoncelos
em nossa memória
notas lentas, solitárias, pesarosas,
fere-me a alma
com um langor agudo
sem igual
Quieto em meus pensamentos
eu me comovo com um Silêncio
o vazio sonoro do espaço
e então choro
calmamente em minha sala.
Ao acariciar a grama que nasceu ao teu redor
into o frio da mesma melancolia
dolorosa
e fraco de guardar em paz o que sinto
eu choro mais
e deixo-me levar por um vento Mau
que me agita, gira-me e me leva para muito longe
sem rumo, rápido e destrutivo
tal como se eu fosse uma folha morta.
(Landim Neto)
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