A Garganta da Serpente
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Só delírios

(ao Rodrigo)

Ontem eu era saudade solidão e desilusão...
Mendigo e pedinte, o próprio cão vira-lata.
Então você chegou com seus passos suaves...
Seus olhos azuis...
Sua boca vermelha...
Senti seu beijo amenizando o veneno da solidão...

Hoje sou só felicidade.
Sou a própria seiva da vida correndo em minhas veias
Ainda atordoada no abraço que me apertaste...
Ainda de olhos fechados provando do beijo que me deste...
Ainda cega diante do brilho irradiante do sorriso.

Sinto-me flutuar nos seus braços...
E a desilusão outrora sentida...
Nada mais significa...

Perco-me misturada ao seu corpo...
Onde começo onde você termina...
De quem são esses pés... Meus...? Seus...?

Essas suaves mãos percorrendo meu corpo...
Deslizando entre meus seios...
Aguçando meus mais ardentes desejos...
A brincar com minha pele...
Como um menino arteiro, humilde, ligeiro...
Que mente nada saber...
E que nada precisa saber...
Pois seu desejo nesse momento permite...
Um inigualável mestre ser...

(04/02/05)


(Kos)


voltar última atualização: 11/03/2005
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