A Garganta da Serpente

Karyn Andrade

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Tirano do amor

O amor que pela noite não é consumado
se desperta pela manhã como leão indomado
Tudo que está perto pode ser alvo
que prefere cair de joelhos a ser salvo

A entrega já não depende da espera
a mente se perde entre os contornos
e tudo que resta é resto harmônico
O ser já não tem dono:
morre e nasce em seu próprio entorno

Tão egoísta e decadente lamenta
o breve instante indecente
que passou tão rápido, quanto cometa
queimando a pele, a roupa e a mente

Possuiu o que queria por pura indolência
tirano do amor, sem pudor ou clemência
o outro serviu quando o torso contraiu
e o indomado, levou para si toda inocência.


(Karyn Andrade)


voltar última atualização: 03/11/2008
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