A Garganta da Serpente

Kadica Krauthein

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HÁ MAR ONDE EXISTE AMOR

O mar balança segredos
De outros tempos
Nossas vozes se reencontraram
E a partir de agora
Conjugaremos o mesmo verbo novamente
Como ondas ao sabor do vento:

Eu amo
Tu amas
Ele me ama
Nós amamos eles
Vós amais ela
Eles nos amam

Amar
Verbo intransitivo
Que esconde tantos atos
Instintivos

É fácil dizer:
¨ Te amo! ¨
Sem saber porque
Nem como

Como é triste amar
E tentar conjugar
Sem conseguir
Os pronomes pessoais
Entre si.

Não se deve ferir
Mas também não mentir
Faz o equilíbrio
Traz infelicidade forçada
E não mascarada
Porém sem remorsos

Quando amamos
Nos damos
Além das medidas

Pois o amor comedido
Não é amor
Não faz sentido

Quando eu sinto
Que não posso expressar
Este potencial amoroso
Me sinto a ponto
De implodir
Me destruir
Deixando verter
Toda a dor

Tornar pública
A dor remida
Com lágrimas perdidas
Pois hoje em dia
Tornou-se notório
Chorar as escondidas.


(Kadica Krauthein)


voltar última atualização: 29/11/2005
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