A Garganta da Serpente

Juraci Rocha Silva

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Águas da paixão

Correm as águas da cachoeira
Para lavar os pés da doce menina
Desça água, desça murmurante
Esta é sua sublime sina

Descem as águas em cascata
No véu dos olhos meus
Desça água, desça abundante
Por um amor que se perdeu

Correm as águas do ribeirão
Formando afluentes em seu curso
Desçam águas, sigam seu percurso
Deságüem no meu coração

Águas convém levá-las
A um oceano, despejá-las
Turbulentas, caudalosas, revigorantes
Para dar vida aos navegantes

Águas, impulsionem outras caravelas
Pois quem um dia amou
Com tamanha intensidade
Hoje, sente muitas saudades
O coração não serenou
Águas, ainda penso nela


(Juraci Rocha Silva)


voltar última atualização: 10/08/2007
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