A Garganta da Serpente

Juraci Rocha Silva

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As coisas do meu bem
Os olhos do meu bem
Não são azuis, não são verdes
São os olhos pelos quais
Vejo a vida

Os lábios do meu bem
Não são carnudos, não são tesudos
Mas neles bebo o néctar sagrado
Que alimenta os deuses do Olimpo

Os seios do meu bem
Não são bojudos, não são fartos
São do jeito que gosto
Cabem inteirinhos em minhas mãos

O coração do meu bem
Ah! É do jeito que sempre quis
Ele bate por mim
Clama por mim
Sente saudades por mim
Ama-me intensamente
É exatamente igual ao meu


(Juraci Rocha Silva)


voltar última atualização: 10/08/2007
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