A Garganta da Serpente

Juliane Kamma Fortunato

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MONOTONIA

Instantes assim como esses
São tão estranhos,isso é tão ruim
Melancolia e níveis altíssimos de tristeza
Já beirando a depressão
O corpo com uma vontade enorme de viver
E a mente perplexa
Diante do que acontece ao seu redor
Pavões,onças - bando de marionetes
Pedaços de panos que cobrem as "vergonhas"
E são capazes de julgar
Uma mente diferente - oh! Que absurdo!
Impressionante essa colcha de retalhos
Com retalhos tão iguais
São vários lugares
Mas as ruas são as mesmas,as casas as mesmas,os prédios os mesmos,as
pessoas as mesmas
Por incrível que pareça!
Os mesmos pão e café preto pela manhã
Os mesmos feijão,arroz,bife e batata-frita no almoço e no jantar
O mesmo carro do ano
A mesma escola tradicional
E o mesmo sorriso monótono
Que não sai dos rostos iguais!
Sempre os mesmos pais e mães
Sempre os mesmos conflitos habituais
E para não tornar essa poesia igual a da semana passada
Acabo por aqui de preencher
As mesmas linhas horizontais.


(Juliane Kamma Fortunato)


voltar última atualização: 08/09/2002
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