A Garganta da Serpente

Juliana Valis

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BÁLSAMO

Seus olhos são imensos oceanos
E neles quero sempre navegar
Já venho traçando tantos planos
Pois sei que o amor é como o mar

Um mar das maiores incertezas
Um mar das melhores ilusões
Lídima pérola entre as riquezas
Bálsamo aquecido nos vulcões

Seus olhos seus céus em polvorosa
E neles como pássaro voarei
Buscando sonhar em verso e prosa
Pois sei que o amor é como um rei

Um rei que nunca perde o trono
Um rei que domina sem cessar
Indelével bálsamo sem dono
Enigma flutuando sobre o mar

E sempre que paro um pouco e penso
Em um motivo pra todo dia acordar
Só vejo o amor num céu imenso
Ainda que eu não saiba onde ele está

Pois mergulhando nos seus olhos, perco o senso
Como se a alma, enfim, vagasse sem luar
E se o amor for mesmo mar de azul intenso
Não me socorra, por favor, deixe-me afogar.


(Juliana Valis)


voltar última atualização: 14/10/2006
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