A Garganta da Serpente

Juarez F. Dias Filho

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Sublime Amor

O mar, agora, graciosamente, estende seu leve manto,
Aos pés do casal apaixonado
Toca com carinho às pernas dos amantes
Beijando e abraçando, aos poucos, seus corpos
Desejando possuí-los,
No momento em que se possuem
Ele embebeda-se do amor,
De seus corações, derramado...

Antes, lembrava-se da noite, feliz
Conversaram sobre o amor contemplado,
Logo ao descansar do dia...
Quando observou, de perto, o belo par
Subindo, aos carinhos, à casa da montanha
Eram degraus de pedras antigas,
Despidas e entregues ao capricho do tempo
No alto, portas e janelas abertas,
Aguardavam o doce momento

Bastou o casal tocar-se
Para o vento frio da noite, aquecer-se,
Sobre os corpos que se amavam em seu ninho.
Imensas cortinas brancas, tentaram toca-los,
Lutavam, em vão, contra seus limites.
E a bela noite espreitava,
Por entre as cortinas delicadas,
O amor assumindo suas diferentes formas
Suspirava a linda noite,
Em cada arfada dos seios... Tão amados!

Frases de amor, suspensas e entrecortadas,
Por beijos gulosos...Apaixonados
Gosto do amor, saboreado no suor
Cheiro de mútua entrega, disperso no ar

A bela noite, feliz, sorria
Mostrando ao límpido céu,
O brilho de sua alegria, em cada estrela
Esse, riscava seu imenso corpo,
Com pequenas estrelas cadentes
Atirando-as sobre o mar
Que a tudo apreciava, sereno

E a noite procurava ver cada vez mais
E aquele momento curvou-se ao amor...

O mar, neste momento,
De posse desses corpos que se entrelaçam
Procura entender a grandeza do amor
Que agora explode no brilho dos olhos
Que se declaram...Perdidamente, apaixonados!


(Juarez F. Dias Filho)


voltar última atualização: 07/02/2006
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