A Garganta da Serpente

José Maurício de Oliveira Neto

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Paixão e Ódio e Poema

É quando a emoção suplanta,
transborda pra cabeça e encena
as mãos transformando-se em garganta
que escarra doente um poema

e a fala se vê incapaz
pelo nó na garganta imerso
e o corpo se molda e se faz
em forma de rima e de verso

e assim que me vejo flexível
misturando papel, tinta e pena
multiforme opus exeqüível
exponho meu corpo ao reverso
do mundo - coração como tema -
e me integro, verso e poema,
ao teu peito carrasco perverso.


(José Maurício de Oliveira Neto)


voltar última atualização: 10/02/2003
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