A Garganta da Serpente

José Magno

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DEVIR

Amei demais, amiga, amei demais
Até quando não fui correspondido
Embora houvesse mesmo delinqüido
Um pouco nos meus tempos de rapaz.

Mas, se traí, não fui um desleal
Mostrei a finitude das paixões
Cuidando não ferir os corações
De quem amei, gozei e coisa e tal.

Mais que prazer que eu tive, eu dei prazer
(E tive muito gozo nesta vida...)
E nunca duvidei: ser ou não ser

(A grande dúvida com que se lida)
Eu sempre fui - se não, fiz parecer -
E se não fui, eu sou, não é, querida?


(José Magno)


voltar última atualização: 05/03/2007
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