AS PRIMEIRAS CHUVAS DE OUTONO
O sono não veio,
a tarde parou,
o céu se abrumou
e o calor aumentou.
O vento passou,
animou as acácias,
as folhas soltas
acordaram
e bailam no chão.
Uma borboleta
dança no ar
sobre os lírios amarelos
e num instante pousa,
cerrando asas.
A chuva chegou,
uma gota,
outra e mais outra
descem do telhado.
Não estou em mim,
estou no vento
que se move,
na borboleta que se foi
e no som da chuva
que rega os lírios amarelos.
(Poema selecionado no 3º Concurso Guemanisse de Contos e
Poesias, 2006)
(José Luongo da Silveira)
|