A Garganta da Serpente

José Luongo da Silveira

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AS PRIMEIRAS CHUVAS DE OUTONO

O sono não veio,
a tarde parou,
o céu se abrumou
e o calor aumentou.

O vento passou,
animou as acácias,
as folhas soltas
acordaram
e bailam no chão.

Uma borboleta
dança no ar
sobre os lírios amarelos
e num instante pousa,
cerrando asas.

A chuva chegou,
uma gota,
outra e mais outra
descem do telhado.

Não estou em mim,
estou no vento
que se move,
na borboleta que se foi
e no som da chuva
que rega os lírios amarelos.

(Poema selecionado no 3º Concurso Guemanisse de Contos e Poesias, 2006)


(José Luongo da Silveira)


voltar última atualização: 06/02/2007
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