A Garganta da Serpente

Jorge Ricardo Dias

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Estilhaços

Logo ali em frente alguém me olha intrigado
Todo espelho mostra um estranho universo
virtual, mas tudo nele assume o seu reverso
Sendo assim, quem sempre me aparece do outro lado?

Fascinante mundo imerso numa surda calma
Feito um filme mudo com menor velocidade
Se tem luz e cor, se move e tem profundidade
diz então quem é o meu dublê de corpo e alma?

Os cenários gêmeos travam louca relação
Se acontece aqui, ali ocorre a imitação
Quem será o vigia que me quer impor a lei?

Sem temer os tais dos sete anos de fracassos
fiz o meu juiz de vidro em muitos estilhaços
Onde está o sangue do intruso que alvejei?


(Jorge Ricardo Dias)


voltar última atualização: 01/10/2002
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