A Garganta da Serpente

Jorge Lenzi

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MULHER

Como pode ser uma mulher
tão noite e tão dia,
tão caseira e tão vadia,
tão primavera e tão outono,
tão quimera e tão razão?

Como pode ser esta mulher
tão inverno e tão verão?
Como pode ser tão festeira, tão fogosa,
tão matreira e perigosa?
Assim tão freira e religiosa?

Como pode ser uma mulher
tão vandalismo e tão construção,
tão idealismo e pé no chão?
Tão fina e tão dama,
e ser outra na cama?

Como pode ser
tão divina e infernal,
tão menina, e quando quer,
ser simplesmente
mulher?


(Jorge Lenzi)


voltar última atualização: 08/09/2009
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