aqui, onde o silêncio se instala
e os nervos pedem água
aqui
começa a terra que a lua
desconhece
aqui
onde parece pouco haver
para dar
é o azul da esperança
que resiste
aqui
entre o cinza das tardes
e o sol que volta
a brilhar teimosamente
nas manhãs que se seguem
aqui
será que ainda há gaivotas no tejo?
(poema extraído do livro, ainda inédito, "Do
amor... já pouco se sabe")
(Joaquim Alves)
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