A Garganta da Serpente

J. Monjellos

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Na Solidão Imensa do Meu Quarto

Na solidão imensa do meu Quarto,
Rompe um Raio de Negra Luz que vaza
Rasgando-me as entranhas como um Parto
Espalhando-se Todo pela casa.

Prolifera Fecundo e muito Farto
Os limites Impostos extravasa
Ganha o Mundo, Colóide imortal. Harto
Caldo Maldito! Queima como Brasa.

E Nessa inundação Desesperada
Iluminado Pela Luz danada
Que brota desse Líquido Perverso

Esvazio-me inteiro Vou-me Todo.
Escorro junto Nesse imenso Lodo.
Que saiu de Mim. Foi-se ao Universo.


(J. Monjellos)


voltar última atualização: 19/10/2009
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