A catedral soturna dos meus sonhos
A catedral soturna dos meus sonhos,
Onde a sombra e o desgosto também moram
Onde as almas perdidas vêm e imploram
Libertação dos males mais medonhos.
Seres caminham lúgubres, tristonhos
Atropelam-se e caem, sofrem, choram
Nas imensas torpezas que aqui afloram
Sustentando os demônios maus, risonhos.
Na torre dessa igreja brilhará,
Uma luz negra! Luz da estrela má,
Que iluminará sempre a minha sorte.
O brilho dessa estrela me conduz,
Projeta a sombra exata de uma cruz,
No chão onde hei de estar depois da morte!
(março 12, 2000)
(J. Monjellos)
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