A Garganta da Serpente

J. Monjellos

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Aves Negras

Aves negras que voam nesse escuro,
Aves negras que habitam negras furnas,
Cantai as vossas músicas noturnas,
Pousai queridas sobre o nosso muro.

Não há pra vós lugar algum seguro,
Vossas estradas sempre tão soturnas...
Pendei as vossas frontes taciturnas
Pela incerteza cega do futuro.

Abri as vossas asas negrejantes
Sobre nações e povos milenares.
Soltai vossos gorjeios dissonantes...

Quando na escuridão onde eu caminho,
Eu vejo o vosso vôo sangrar os ares,
Sinto que não caminho mais sozinho.

(2004)


(J. Monjellos)


voltar última atualização: 19/10/2009
9178 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente