Panthera Onça
Oh céus do cerrado espatifado
Ocelos do seu corpo cerrado dorso
Que ao meu suave toque arrepia e abraço
Tamanho do ar que resfolega cansaço
E novo contato encurva e amasso
Se amasse o pouco que dou, não me chamava assim
No assovio noturno do macuco enfeitiçado
Sou melanínica paixão de olhos esmeralda
Torno-me seu tapete de tensões florestais
Esturra meu nome, tão querido
Que irei cobri-la, em tocaia
Com manto sereno das carnes
E o fincar eterno da minha zagaia.
(JB Alencastro)
|