A Garganta da Serpente

JB Alencastro

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Panthera Onça

Oh céus do cerrado espatifado
Ocelos do seu corpo cerrado dorso
Que ao meu suave toque arrepia e abraço
Tamanho do ar que resfolega cansaço
E novo contato encurva e amasso

Se amasse o pouco que dou, não me chamava assim
No assovio noturno do macuco enfeitiçado
Sou melanínica paixão de olhos esmeralda
Torno-me seu tapete de tensões florestais

Esturra meu nome, tão querido
Que irei cobri-la, em tocaia
Com manto sereno das carnes
E o fincar eterno da minha zagaia.


(JB Alencastro)


voltar última atualização: 20/05/2008
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