A Garganta da Serpente

JB Alencastro

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Osmose

Não conto mais os anos
Nem os aniversários
Estamos tanto tempo juntos
Que as datas se embaralharam

Um dia você faz quarenta
Outro eu
E enquanto o tempo passa
Vidas se constroem

Ainda me lembro do primeiro beijo
E de como nos amamos sem perdão
Recordo de chuvas e sóis
Viagens e chegadas

E aqui estamos parados
Frente a frente, embevecidos
Se olharmos para trás, vejo romance
Em frente, vislumbro frutos

Porém hoje lhe encaro
Desfio-lhe da cabeça aos pés
E face a esta mulher maravilhosa
Só me resta abraçá-la e nos misturar


(JB Alencastro)


voltar última atualização: 20/05/2008
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