A Garganta da Serpente

JB Alencastro

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Jardineiro

Estou dentro do jardim secreto
Quente, úmido, pulsante
Movo devagar e com presteza
Estufa

Entre orvalhos e pétalas se abrindo
Cresço descomunal
Sou visitante esperado
Húmus

Revolvendo a terra fértil
Converso com minha flor
Responde ela apertando
Ninfa

São infindáveis minutos
De prazer inenarrável
Rego água e desfio música
Raízes

Vou deixando um fio d'água
Suor, lágrima, saliva
Mas plantei semente de amor
Colheita

(Durham,11,sep.2004)


(JB Alencastro)


voltar última atualização: 20/05/2008
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