A Garganta da Serpente

Jandira Zanchi

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A JANELA DOS VENTOS

talvez apenas sorrir...
abrir, de par em par,
a janela dos ventos
tão sólidas e quentes
mato alto correndo

em suas ondulações
assovios de saudades
saciadas rememoradas

criamos umas arestas
nos criamos criaturas
de pontes
alargadas sombras
nesses poentes

...... era outro o chamado
diversa a apreensão
        mas.......
amanheceu um rastro
sangue colorido
em tintas pregadas
retintas de dor

..... diverso
                 controverso
parece que não nos segue o coração
é montado em facetas soníferas
alegres e benditas e

      ...........
despeço-me ou esfumaço-me
ou escorro-me nas fímbrias
fibrosas enganosas e
recordações....

ao deus poente chegamos
indefesos
              devassados

aos filósofos dobramos
a religião
              convicção
do rebatido limite
das sensações

condição humana
impiedosa
afogada de contradição
a benção é o esquecimento

      vento
        vento
          vento
            vento.....


(Jandira Zanchi)


voltar última atualização: 26/02/2008
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