A Garganta da Serpente

Jandira Zanchi

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

SONHO/MATÉRIA

tortuosas
vias
de acesso
perdido
no peito
o esquálido
fio de saudade
oleosa
funda
fundida
na maré dos dias
crispados
de tempo
mareados
mutilados...

acordo, ainda, no pulsar
desse préstimo de vontade
uma angústia latitude
engolindo vitimadas
vítimas do ocaso
rebentação entre
valente e indecorosa
da pulsão da vida
alguma coisa que presume-se
como uma vaidosa
embevecida enlouquecida
sede de manter-se
ampliar-se no espaço
sacudido por embriões/ousadias
ou manter-se encolhendo-se
no mesmo eixo
massivo passivo
contínua gravidade

uma seqüência
uma bravata
dispersão/integração
do sonho/matéria.


(Jandira Zanchi)


voltar última atualização: 26/02/2008
11086 visitas desde 25/08/2006

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente