A Garganta da Serpente

Jandira Zanchi

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

CLAUDICANTE

Alvéolos de partículas semicerradas
alheias e frias, pingando sua calda
quente e quimérica
Ruiva e Romã
enlevos de ouro e prata
azul lançado para água
e estirado no mar

ainda me fazem sonhar......

Claudicante, a neblina da noite, faiscante
de pudor e amassada de desejo, não extraí em seus ruídos nenhum símbolo sedimentado
nenhuma curva consciência de onipresenças

antes, enrola-se a meus pés, arfante,
vinil de neve agridoce e quase rude em
seu percurso de longa latitude de extorsão

enviesada e serena nos compartimentos
ora fluídos, outros, efervescentes de gases
e experimentos dessas terras extensas.


(Jandira Zanchi)


voltar última atualização: 26/02/2008
11081 visitas desde 25/08/2006

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente